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2025-12-18
Num ensaio multicêntrico, o sacubitril-valsartan não preveniu de forma significativa a diminuição da fração de ejeção do ventrículo esquerdo associada à antraciclina e ao trastuzumab durante o tratamento do cancro da mama. Contudo, a combinação evitou a deterioração do global longitudinal strain ecocardiográfico e reduziu marcadores de lesão e stress miocárdico crónicos.
Os investigadores realizaram um ensaio aleatório, de grupos paralelos e controlado por placebo (PRADA II), incluindo 138 mulheres adultas com cancro da mama em estádio inicial, programadas para quimioterapia (neo)adjuvante com epirrubicina e ciclofosfamida, entre janeiro de 2019 e janeiro de 2023.
As participantes foram aleatoriamente atribuídas a sacubitril-valsartan (n = 69; idade média, 53,6 anos; 97,1% europeias) ou a placebo correspondente (n = 69; idade média, 54,5 anos; 98,6% europeias), antes do início da terapêutica com antraciclina.
O desfecho primário foi a alteração da fração de ejeção do ventrículo esquerdo, avaliada por ressonância magnética cardiovascular desde a randomização até aos 18 meses.
Os desfechos secundários incluíram alterações no global longitudinal strain ecocardiográfico e nas concentrações circulantes de troponina I cardíaca, troponina T cardíaca e peptídeo natriurético tipo B N-terminal (NT-proBNP), do início do estudo até aos 18 meses.
Principais resultados
“Em conclusão, o tratamento adjuvante do cancro da mama em estádio inicial associa-se a uma redução da fração de ejeção do ventrículo esquerdo que não foi significativamente atenuada pelo sacubitril-valsartan”, escreveram os autores.
O estudo teve poder estatístico limitado para detetar diferenças em desfechos categóricos, incluindo eventos clínicos. O desenho controlado por placebo impediu avaliar se os efeitos se deveram especificamente ao sacubitril ou ao valsartan. Além disso, a população estudada apresentava, em geral, risco cardiovascular baixo a moderado e era etnicamente homogénea, o que pode limitar a generalização dos resultados.
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