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Tomossíntese Digital Mamária: Avanços no Rastreio Familiar do Cancro da Mama

2025-11-10

Tomossíntese Digital Mamária: Avanços no Rastreio Familiar do Cancro da Mama

Novo estudo revela que a tomossíntese digital mamária reduz reconvocações e melhora a precisão do rastreio, especialmente em mulheres com histórico familiar de cancro da mama.

Um novo estudo publicado na JAMA Oncology destaca o potencial da tomossíntese digital mamária — também conhecida como mamografia 3D — para melhorar o rastreio do cancro da mama em mulheres com historial familiar da doença.

A investigação demonstrou que esta técnica reduz significativamente as taxas de reconvocação e aumenta a especificidade dos exames, em comparação com a mamografia digital convencional. Os resultados são particularmente relevantes para mulheres com um familiar de primeiro grau com cancro da mama e para aquelas com mamas densas, em que o diagnóstico pode ser mais difícil.

Benefícios em subgrupos específicos

Entre as mulheres com mamas extremamente densas, a tomossíntese digital mostrou-se especialmente eficaz ao reduzir a taxa de cancros em fase avançada. Já em mulheres com mamas heterogeneamente densas, verificou-se um aumento significativo do valor preditivo positivo para reconvocação, o que significa maior precisão na deteção de lesões suspeitas.

Além disso, a tecnologia permitiu identificar uma proporção mais elevada de cancros invasivos em fase inicial, geralmente com características prognósticas mais favoráveis — como tumores mais pequenos, sem envolvimento ganglionar e com recetores hormonais positivos.

Um avanço importante, mas com limitações

Apesar dos resultados promissores, o estudo reconhece algumas limitações, nomeadamente o número reduzido de casos em certos subgrupos e a predominância de mulheres brancas não hispânicas na amostra. Assim, embora a tomossíntese digital mamária demonstre benefícios claros, a generalização dos resultados requer mais investigação em populações diversificadas.

Os autores sublinham ainda que, em mulheres com mamas quase totalmente gordurosas, a tomossíntese detetou menos casos de carcinoma ductal in situ (DCIS) em comparação com a mamografia digital, o que indica que a eficácia pode variar conforme a densidade mamária.

Conclusão

A tomossíntese digital mamária representa um avanço significativo no rastreio do cancro da mama, oferecendo maior precisão, menos reconvocações e melhor deteção precoce em mulheres com risco familiar ou mamas densas.

Embora não substitua totalmente a mamografia convencional, esta tecnologia surge como uma ferramenta complementar promissora, capaz de melhorar a experiência das utentes e contribuir para diagnósticos mais precoces e eficazes.

Fonte: https://portugues.medscape.com/verartigo/6512788

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