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Intervenções Não Cirúrgicas Mostram Benefícios Modestos a Longo Prazo na Dor Lombar Crónica

2025-06-18

Intervenções Não Cirúrgicas Mostram Benefícios Modestos a Longo Prazo na Dor Lombar Crónica

A dor lombar é uma queixa habitual nos doentes oncológicos em quimioterapia, como é o caso das mulheres com cancro da mama.

Principais Pontos

Em pessoas com dor lombar crónica inespecífica, as intervenções não cirúrgicas como a terapia cognitivo-comportamental e o mindfulness demonstraram, possivelmente, benefícios pequenos a moderados a longo prazo na redução da intensidade da dor e da incapacidade funcional. No entanto, a evidência disponível apresenta, na maioria dos casos, um grau de certeza baixo a moderado.

Metodologia

Os investigadores realizaram uma revisão sistemática e meta-análise de 75 ensaios clínicos aleatórios (ou por clusters), envolvendo um total de 15.395 participantes com idade igual ou superior a 16 anos (idade média: 45,7 anos; percentagem mediana de mulheres: 61%) com dor lombar crónica com duração igual ou superior a 12 semanas.

  • Foram avaliadas intervenções não cirúrgicas dirigidas à dor lombar crónica (91% dos ensaios referiam-se à dor lombar crónica inespecífica), com ênfase em resultados a longo prazo (1–2 anos) e muito longo prazo (≥ 2 anos).
  • Foram incluídas intervenções de natureza psicológica, física e combinada, incluindo terapia cognitivo-comportamental (TCC), mindfulness e cuidados multidisciplinares, sendo o exercício físico a intervenção mais frequentemente estudada.
  • As intervenções foram comparadas com placebo, simulação de tratamento, intervenções adjuvantes, ausência de tratamento ou cuidados habituais.
  • A intensidade da dor foi avaliada através de escalas como a Escala Numérica de Dor, e a incapacidade com o Índice de Incapacidade de Oswestry, entre outros instrumentos. A certeza da evidência foi também classificada.

Resultados Principais

  • Ao fim do acompanhamento a longo prazo, observaram-se reduções pequenas a moderadas na intensidade da dor e na incapacidade funcional com:
    • Terapia cognitivo-comportamental: diferenças médias de -7,2 (dor) e -5,7 (incapacidade).
    • Mindfulness: diferenças médias de -10,0 (dor) e -9,3 (incapacidade).
    • Esta evidência foi considerada de certeza moderada.
  • A definição de objetivos e o uso de acupuntura resultaram, provavelmente, em pequenas melhorias na incapacidade, com diferenças médias de -8,3 e -4,8, respetivamente.
  • Os cuidados biopsicossociais multicomponentes e a terapia comportamental poderão ter conduzido a reduções moderadas e pequenas, respetivamente, na intensidade da dor, com diferenças médias de -10,2 e -7,4 (evidência de baixa certeza).
  • Os cuidados multidisciplinares poderão ter proporcionado pequenas reduções na incapacidade (diferença média: -8,3).
  • Num seguimento muito prolongado (≥ 2 anos):
    • Os cuidados multidisciplinares poderão ter resultado numa redução moderada da intensidade da dor (diferença média: -10,1).
    • O exercício físico poderá ter resultado numa redução moderada da incapacidade (diferença média: -10,2).
    • A evidência, neste caso, foi maioritariamente de baixa certeza.

Implicações Clínicas

“Apesar de termos identificado algumas intervenções com efeitos sustentados para pessoas com dor lombar crónica, a importância clínica desses efeitos permanece incerta”, escreveram os autores do estudo. É necessária maior atenção ao desenvolvimento e à avaliação de intervenções com impacto duradouro nesta condição.

Este ponto é particularmente relevante no contexto dos doentes oncológicos em quimioterapia, como é o caso das mulheres com cancro da mama, em que a dor lombar é uma queixa habitual.

Limitações

A certeza da evidência foi reduzida na maioria das comparações devido à qualidade metodológica dos estudos incluídos e às inconsistências nos resultados entre os diferentes ensaios.

Fonte: https://www.medscape.com/viewarticle/nonsurgical-interventions-show-modest-long-term-benefits-2025a1000fme

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