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Numa recente sondagem online, as sobreviventes de cancro da mama foram especificamente questionadas sobre este tema.
Muitas sobreviventes preocupam-se com a sua vida sexual após passarem por cirurgia à mama, radioterapia, quimioterapia e terapêutica endócrina. As consequências possíveis incluem perda de desejo sexual e sintomas urogenitais, como secura vaginal, redução da lubrificação e dor durante as relações sexuais.
O estudo “Women’s Insight in Sexual Health after Breast Cancer” (WISH-BREAST) baseou-se num questionário online anónimo com 44 perguntas. Divulgado por e-mail e redes sociais, o inquérito centrou-se nas preocupações sobre saúde sexual, nas experiências na procura de informação, nas opções de tratamento disponíveis e no papel das redes sociais.
Quase 90% Relatam Problemas Sexuais
Um total de 1175 participantes respondeu ao inquérito (99,9% identificaram-se como mulheres, com idade média de 47,5 anos). Destas, 89,5% relataram problemas sexuais moderados a graves devido a alterações na sua vida sexual após o tratamento do cancro da mama. Os problemas mais frequentemente reportados foram:
72% das participantes afirmaram que estes problemas sexuais afetaram a relação com o(a) parceiro(a).
Falta de Informação por Parte dos Profissionais de Saúde
Quase três quartos das participantes (73%) afirmaram não ter recebido qualquer informação, por parte das suas equipas de saúde, sobre os possíveis efeitos do tratamento na vida sexual. Entre as mulheres que receberam informação, 71% referiram ter sido elas próprias a levantar o assunto. Metade das inquiridas manifestou insatisfação com a forma como o tema foi abordado na prática clínica.
As redes sociais foram a fonte de informação mais comum sobre este tema (80%), em especial contas de profissionais de saúde (71%).
O inquérito também questionou se os tratamentos não hormonais para sintomas urogenitais tinham sido recomendados. 45% das participantes responderam que “sim”. Os tratamentos mais recomendados foram hidratantes e óleos para a secura vaginal. 47% discutiram o uso de hormonas vaginais com os seus profissionais de saúde, e 28,7% chegaram a recebê-las por prescrição.
Apoio Limitado por Parte dos Serviços de Saúde
Os resultados do inquérito mostram que as preocupações com a saúde sexual são muito comuns entre as sobreviventes de cancro da mama, mas raramente são abordadas pelos profissionais de saúde. Muitas mulheres sentem-se sem apoio e recorrem às redes sociais para obter informação e ajuda.
Os autores do estudo salientam que os profissionais de saúde envolvidos no tratamento do cancro da mama necessitam de melhor formação para abordar proativamente as questões da saúde sexual e oferecer um apoio adequado.
VOLTARFonte: https://www.medscape.com/viewarticle/sexual-health-overlooked-breast-cancer-survivors-2025a1000kyb
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