Gala Solidária - 24 de outubro - 15€/pessoa para público em geral e 10€/pessoa para associados e seus familiares
No dia 24 de julho de 2025, a Associação Amigas do Peito esteve presente no Evento “A Prevenção em Cancro da Mama: A Importância do Autocuidado”, no auditório da Universidade Nova, localizado no Hospital São Francisco Xavier.
A representar a Associação esteve a Dr.ª Emília Vieira, Presidente da Direção, Soraia Raposo, Assistente Administrativa Geral e Socióloga, e três voluntárias ativas das Amigas do Peito, Alice Baeta, Dorila Moreira e Maria da Luz Gomes.
Este evento foi organizado pela Sociedade Portuguesa de Literacia em Saúde. Além da Associação Amigas do Peito, estiveram também presentes a ANEM - Associação Nacional de Estudantes de Medicina, a APEF - Associação Portuguesa de Estudantes de Farmácia, a Associação Unidas para Vencer, a NIALP - Associação Intercultural de Lisboa, a Associação Evita Cancro e a Associação PintaVida.
Destinado a mulheres jovens, profissionais de saúde, estudantes e representantes de associações de doentes, o objetivo principal do evento foi promover a consciencialização para prevenção do cancro da mama em mulheres jovens, através da valorização do autocuidado, da literacia em saúde (nomeadamente no que concerne aos direitos e deveres dos utentes) e da adoção de uma abordagem precoce e integrada da saúde da mulher.
O evento articulou conhecimento científico, envolvimento comunitário e práticas formativas, sublinhando o papel ativo da mulher e das equipas de saúde no processo de prevenção.
A Dr.ª Emília Vieira participou e interveio na Mesa Redonda relativa ao debate sobre a Prevenção do Cancro da Mama na Mulher Jovem, conjuntamente com as representantes das Associações presentes no evento.
No decorrer do seu discurso, Dr.ª Emília Vieira falou sucintamente sobre a importância da existência da Associação Amigas do Peito e no apoio que a mesma fornece a quem recorre à mesma.
Cifrou a importância do autoconhecimento que cada mulher deve ter sobre o seu próprio corpo, dando ênfase sobre o valor crucial que o autoexame (palpação mamária) têm na prevenção e diagnóstico precoce do cancro da mama.
"A prevenção é feita com Mamografia (…) a partir dos 45 anos. E antes dos 45 anos? Então significa que nós temos de conhecer o nosso corpo. Isso faz parte dos direitos e deveres dos doentes."
Intervindo de forma objetiva, Dr.ª Emília Vieira revelou a sua preocupação relativamente à falta de autoconhecimento que as mulheres portuguesas jovens têm sobre o seu corpo e o impacto que essa valência terá sobre a sua saúde.
"Toda a gente fala no direito dos doentes, mas sabem qual é o primeiro dever do doente? É conhecer o seu corpo."
Desconstruiu esta temática de uma forma muito simples e conectada com quem a ouvia. Referiu que em Medicina prevenir é descobrir cedo e como tal, na base de deteção precoce do cancro da mama, existe a descoberta e o conhecimento sobre as suas próprias mamas. Um olhar atento ao espelho, um toque, os movimentos circulares na palpação mamária, mudam vidas.
"Conhecer o seu corpo é observá-lo, vem complementar a mamografia que é feita anualmente ou de dois em dois anos. Pedimos que as mulheres olhem uma vez por mês para o seu peito e conheçam-se o suficiente para saber que o que têm agora, não tinham há um mês."
A Dr.ª Emília Vieira cita várias vezes que o autoconhecimento é a chave para a prevenção precoce de qualquer patologia oncológica. A presidente da Associação Amigas do Peito refere ainda que a palpação mamária não vem substituir a mamografia, mas sim, complementar este processo de autocuidado e avaliação do estado de saúde das mulheres, que por muitas vezes é desvalorizado pelos próprios profissionais de Saúde.
No seguimento de uma deteção precoce de um estágio inicial de cancro da mama, a Dr.ª Emília cita que 90% destes casos têm cura - “Um cancro em fase inicial é um cancro ainda não detetado pelo doente”.
A Dr.ª Emília Vieira sintetizou o seu discurso referindo que uma das suas principais preocupações enquanto Presidente e Fundadora da Associação Amigas do Peito é ensinar as mulheres a conhecerem o seu corpo e o exercício constante que têm de fazer.
“Conhecendo está a ajudar-se a si própria” – termina o seu discurso com palavras simples, mas com forte carga significativa.
Surgiu também em debate a importância da multidisciplinariedade em ações de formação sobre literacia em saúde, como método de humanização da saúde, estabelecendo deste modo uma proximidade entre médico e utente. Maria da Luz, sócia e voluntária ativa na Associação Amigas do Peito, interveio, dando o seu testemunho e gratidão que tem para com as equipas multidisciplinares que acompanham há mais de 6 anos a sua patologia de cancro do ovário.
“Se não houvesse o conceito multidisciplinar eu não estaria onde estou agora. Já fiz vários tratamentos, agora estou num estudo novo, todas as quintas-feiras existe uma reunião multidisciplinar para tomar decisões sobre o meu caso, eu tenho prova viva que o conceito multidisciplinar existe e que fazem um bom trabalho” – refere Maria da Luz.
A troca de saberes, opiniões e testemunhos decorrida entre a ilustre presença de profissionais de saúde, professores, associados, voluntários, técnicos e estudantes, contribuiu para a sensibilização e crescente valorização da literacia em Saúde.
Visite a galeria de imagens do evento.
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