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É uma batalha difícil, na qual aproximadamente 1800 mulheres enfrentam a dolorosa perda para esta doença, tornando-a a segunda causa de morte por cancro no sexo feminino. Ainda assim, observa-se uma evolução notável nos métodos de diagnóstico e tratamento ao longo dos anos, que oferecem uma luz de esperança às pacientes.
I. Diagnóstico precoce e desafios que persistem:
Nos países economicamente mais desenvolvidos, entre 10 a 15% das pacientes enfrentam a doença em estádio avançado ao diagnóstico. Esta pode também ocorrer nos homens, correspondendo apenas a 1% de todos os casos. Este cenário destaca a urgência de estratégias eficazes de rastreio e consciencialização. Perante este desafio, a recente evolução na abordagem diagnóstica e terapêutica permite uma maior variedade de soluções para aqueles afetados por esta doença.
II. Pilares do Tratamento: Cirurgia, Radioterapia e Terapêutica Sistémica
O tratamento do cancro da mama é uma jornada complexa, fundamentada em pilares essenciais como cirurgia, radioterapia e terapêutica sistémica. Esta última engloba modalidades como hormonoterapia, quimioterapia e terapias direcionadas, como anticorpos monoclonais e inibidores de mecanismos celulares como as ciclinas. A escolha do tratamento é intricada e depende de vários fatores, incluindo idade, estado menopáusico, condição geral da paciente, histórico médico e características específicas do tumor.
III. Classificação e Tratamento Específico:
A categorização do cancro da mama em luminal, Her2 positivo e triplo negativo desempenha um papel crucial na definição das estratégias terapêuticas. O tipo luminal, predominante em 70% dos casos, é tratado principalmente com hormonoterapia. Já os tumores Her2 positivos frequentemente requerem a combinação de anticorpos monoclonais, enquanto o triplo Dr. João Timóteo Cirurgião Geral da Unidade de Mama do Hospital Santa Maria negativo, associado a um risco elevado de recidiva, tem na quimioterapia a sua principal abordagem.
IV. Avanços Promissores no Tratamento:
Apesar dos desafios, Portugal tem testemunhado avanços significativos no tratamento do cancro da mama nos últimos anos. A aprovação de fármacos em fases mais precoces é uma notícia encorajadora, visando evitar o ressurgimento da doença. Para os tumores luminais agora contamos com inibidores de ciclinas, elevando as medianas de sobrevivência global em casos metastáticos para além de cinco anos. Nos casos Her2 positivos, a utilização de anticorpos em doença residual após o tratamento primário e cirurgia, reduziu em 50% o risco de recidiva.
V. Desafios e Inovações no Triplo Negativo:
Contudo, os desafios persistem, especialmente para os tumores triplo negativo, que têm o prognóstico menos favorável. A quimioterapia ainda é a pedra angular do tratamento, mas avanços recentes, como a introdução da imunoterapia e novos inibidores de mecanismos do ciclo celular, oferecem perspetivas promissoras. A pesquisa contínua neste domínio é crucial para fornecer mais opções aos pacientes com este subtipo de cancro da mama.
VI. A necessidade de consciencialização e de uma abordagem multidisciplinar:
A evolução em todas as fases do cancro da mama destaca a necessidade contínua de consciencialização e abordagens multidisciplinares. A deteção precoce, seja pelo autoexame ou pelo rastreio da população, é vital. O diálogo entre especialidades em reuniões de grupos oncológicos é fundamental para definir estratégias personalizadas para cada paciente.
Enquanto Portugal enfrenta os desafios do cancro da mama, é crucial continuar a progredir na direção de uma deteção mais precoce, tratamentos mais eficazes, bem como de um apoio holístico às pacientes.
Os progressos observados são motivo de celebração, mas a jornada está longe de estar concluída. A evolução da sobrevivência no cancro da mama é um testemunho do poder da pesquisa, do trabalho multidisciplinar e, acima de tudo, da resiliência das mulheres que enfrentam esta batalha. Em conjunto, podemos transformar a esperança em realidade e, eventualmente, tornar a cura do cancro da mama numa conquista cada vez mais alcançável. Ainda assim é crucial lembrar que a jornada não termina com o tratamento. É um compromisso constante com a saúde física, mental e emocional, uma procura contínua por qualidade de vida e, acima de tudo, a afirmação de que a vida após o cancro da mama pode, sim, ser um capítulo de felicidade e superação.
VOLTARDr. João Timóteo, Cirurgião Geral da Unidade de Mama do Hospital Santa Maria
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